terça-feira, 27 de maio de 2014

“A Sorte não sorriu para César Rondicatto”



Minha história com o livro começou antes mesmo do lançamento, com a notícia de que o escritor Nilton Bobato lançaria seu primeiro romance, a curiosidade natural de um viciado em livros me domina, pois já havia lido um livro de poemas do mesmo autor e especialmente por se tratar de um livro tendo como cenário e enredo da ficção a cidade de Foz do Iguaçu (cidade onde morei por anos). A obra é construída a partir de dramas comuns no cotidiano local, traz personagens que possuem histórias parecidas com tantas outras vividas na fronteira, jovens que sem oportunidades ingressam no mundo do crime, vivenciando o lado obscuro da terra das cataratas. Assim é a vida de César Rondicatto, jovem que viu seus pais se acabarem nas drogas, que teve sua liberdade cerceada no momento em que resolveu acabar com o homem que representava tudo de negativo que havia acontecido a sua família. Em meio a toda essa turbulência na vida de César surgem três amigos, Zico, um professor em meio a uma crise conjugal, Deco, escritor que estava em busca de um tema para seu próximo livro que por obra das fatalidades da vida assumem a tarefa de entrevistar o jovem detento que Jonas, jovem jornalista acompanhava antes de ser assassinado pelo parceiro. A obra se situa em meio aos dramas cotidianos das personagens e se misturam tornando a leitura de a “Sorte não sorriu para César Rondicatto” uma verdadeira reflexão sobre cada personagem, cada história, e que mesmo sem conhecê-los imaginamos suas existências, entre encontros e desencontros a leitura acaba, mas não se finda a sensação de uma boa leitura.

Minha opinião:
A linguagem é simples e a leitura flui muito bem, o que torna o livro rápido e ritmado. É uma história gostosa de ler com dramas cotidianos, traição, suspense e recheado com cenas picantes, portanto recomendado para maiores.
A história é narrada do ponto de vista de César, Jonas, Deco e Zico, então podemos nos aprofundar nesses personagens e entender como a vida deles se cruzam. Acredito que, acima de tudo, esse livro serve para nos mostrar o quanto somos egoístas e não nos damos conta das desgraças cotidianas que assolam principalmente nossos jovens, interrompendo e condenando suas vidas para sempre.
Recomendo!!!

Autor: Nilton Bobato
Titulo da obra: A Sorte Não Sorriu para César Rondicatto
Editora Redes
208 páginas



Marcos A. Gomes

terça-feira, 5 de novembro de 2013

ESCURIDÃO DO AMOR



Seu olhar é como a noite
Muito escuro, onde podemos nos perder
Muito confuso e muito difícil tentar entender

Você foi muito importante para mim
Mas hoje não significa mais nada
Hoje aprendi que não devemos insistir
Naquilo que não vale a pena

Amor é ilusão, só machuca o coração
Você chegou de repente e saiu sem dar satisfação
Impossível te entender, então vou te esquecer
Não quero mais você, preciso te esquecer
Que então vou enlouquecer



  
Heloisa Sales     

Carrossel de poesias

No mês de outubro de 2013 a editora nova gráfica em  parceria com a biblioteca Lisboa - Sarandi lançou o livro "Carrossel de poesias", uma coletânea com poesias de jovens estudantes da rede pública de ensino.

Antologia poética

O blog Confraria Alternativa em parceria com a Editora Nova gráfica estará promovendo uma antologia poética para você que gostaria de ver seu poema publicado. Aguardem, em breve maiores informações.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fernando Sabino


Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um.

Fernando Sabino

Momento da poesia


"As vezes ouço passar o vento; é só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

Fernando Pessoa


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Castidade com que Abria as Coxas


A castidade com que abria as coxas
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estrita, como se alargava.

Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres

em mim ressuscitados. Era Adão,
primeiro gesto nu ante a primeira
negritude de corpo feminino.

Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.

Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'