terça-feira, 21 de abril de 2009

Frases e pensamentos de Raul Seixas

"Se sendo é um verbo Prefiro ficar sendo calado."

"Fantástico. Agora vocês todos já podem tirar a máscara e ir dormir."

"Sou da geração-sanduiche, aquela que segurou os valores dos pais e os valores dos surfistas de hoje."

"Eu sou um cara muito tímido e com a sensibilidade à flor da pele. No palco é hora de vomitar."

"Não pertenço a grupo nenhum."

"Antes de ler o livro que o guru lhe deu tem que escrever o seu."

"Não sou cantor nem compositor, uso as música para dizer o que penso."

"Coisas do Universo e Coisas da Coisa. E as Coisas da Coisa, minha filha, essas é que são o negócio, entende? Quem é que pode explicá-las?"

[Raul Santos Seixas]

Provérbios chineses...

"Dinheiro perdido, nada perdido; Saúde perdida, muito perdido; Caráter perdido, tudo perdido."


"Quando um homem descobre que seu pai tinha razão, geralmente já tem um filho que o acha um errado."


"Não há que ser forte. Há que ser flexível."

"Nada assenta melhor ao corpo que o crescimento do espírito."

"Quem a si próprio elogia, não merece crédito."

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Grande sertão vendido

Nascido no Centro-oeste, bem no meio do cerrado
Sinto-me no direito até de ser mal-criado
e fazer um desabafo num poema mal rimado
ao rádio que hoje toca, um caipira mal cantado

Cresci ouvindo os caipiras cantando bem afinado
Canções que falavam da terra na qual também fui criado
hoje ouço um sertanejo que agora é bem mudado
falando em cerveja e mulher, nenhum outro tema é tratado.

Se eu tivesse esse poder, que eu nunca possuí
De falar a essas duplas o que penso quando ouví
Duas vozes afinadas em "desde que te ví"
nao se esqueçam de ouvir, Belmonte e Amaraí !

Se ouço cantar o Bruno, com a voz tão forte assim
Dispense logo o Marrone, não negue, ele é ruim
E siga carreira solo pois assim já é enfim
não há nada errado nisso, ouça Rolando Boldrin !

Se no rádio ouço Zezé, que de tanto gritar fica rouco
E não ouço o Luciano, aumente o volume um pouco
duplas devem ser de dois, não de um único caboclo
cantando na mesma toada, ouçam Tonico e Tinoco !

E sertanejo moderno, metido a engraçadinho
que acha que palavrão não é nenhum desalinho
saiba que ja teve dupla que inda me faz rir sozinho
Sem precisar apelar, ouça Alvarenga e Ranchinho !

Quando ligo hoje o rádio, não gosto de ouvir mais nada
é sempre o mesmo assunto, mulher e cerveja gelada
até parece que eu ouço, uma vitrola quebrada
quem dera se eles ouvissem, Pedro Bento e Zé da Estrada !

vou parando por aqui, antes que alguem me eleja
defensor de coisa velha, não vou me dar de bandeja
Só cansei de tanto ouvir sobre mulher e cerveja
se nao quiserem mudar nem entro nessa peleja
so nao aceito chamarem isso que vocês fazem
de música sertaneja !

Escrito por Cambota

quinta-feira, 16 de abril de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

A POESIA SE ESFREGA NOS SERES E NAS COUSAS



Nunca sentiste uma força melodiosa
Cercando tudo que teus olhos vêem,
Um misto de tristeza numa paisagem grandiosa
Ou um grito de alegria na morte de um ser que queres bem?
Nunca sentiste nostalgia na essência das cousas perdidas
Deparando com um campo devoluto
Semelhante a uma virgem esquecida?
Num circo, nunca se apoderou de ti, um amargor sutil
Vendo animais amestrados
E logo depois te mostrarem
Seres humanos imitando um réptil?
Nunca reparaste na beleza de uma estrada
Cortando as carnes do solo
Para unir carinhosamente
Todos os homens, de um a outro pólo?
Nunca te empolgastes diante de um avião
Olhando uma locomotiva, a quilha de um navio,
Ou de qualquer outra invenção?
Nunca sentiste esta força que te envolve desde o brilho do dia
Ao mistério da noite,
Na extensão da tua dor
E na delícia da tua alegria?
Pois então, faz de teus olhos o cume da mais alta montanha
Para que vejas com toda a amplitude
A grandeza infindável da poesia que não percebes
E que é tamanha!

Adalgisa Nery

Poema Natural


Abro os olhos, não vi nada
Fecho os olhos, já vi tudo.
O meu mundo é muito grande
E tudo que penso acontece.
Aquela nuvem lá em cima?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Ontem com aquele calor
Eu subi, me condensei
E, se o calor aumentar, choverá e cairei.
Abro os olhos, vejo um mar,
Fecho os olhos e já sei.
Aquela alga boiando, à procura de uma pedra?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Cansei do fundo do mar, subi, me desamparei.
Quando a maré baixar, na areia secarei,
Mais tarde em pó tomarei.
Abro os olhos novamente
E vejo a grande montanha,
Fecho os olhos e comento:
Aquela pedra dormindo, parada dentro do tempo,
Recebendo sol e chuva, desmanchando-se ao vento?
Eu estou lá,
Ela sou eu.

Adalgisa Nery

Eu te amo!

Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita do tempo
Até a região onde os silêncios moram.

Eu te amo
Em todas as transformações da vida,
Em todos os caminhos do medo,
Na angústia da vontade perdida
E na dor que se veste em segredo.

Eu te amo
Em tudo que estás presente,
No olhar dos astros que te alcançam
Em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo
Desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
E antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Até depois que o universo cair sobre mim
Suavemente.


Adalgisa Nery

CONTOS DA MEIA-NOITE - Eu estava ali deitado

Luiz Vilela

sábado, 11 de abril de 2009

Warning !



When I am an old woman I shall wear purple
With a red hat which doesn't go, and doesn't suit me,
And I shall spend my pension on brandy and summer gloves
And satin sandals, and say we've no money for butter.
I shall sit down on the pavement when I'm tired
And gobble up samples in shops and press alarm bells
And run my stick along the public railings
And make up for the sobriety of my youth.
I shall go out in my slippers in the rain
And pick the flowers in other people's gardens
And learn to spit.

You can wear terrible shirts and grow more fat
And eat three pounds of sausages at a go
Or only bread and pickle for a week
And hoard pens and pencils and beermats and things in boxes.

But now we must have clothes that keep us dry
And pay our rent and not swear in the street
And set a good example for the children.
We must have friends to dinner and read the papers.

But maybe I ought to practise a little now?
So people who know me are not too shocked and surprised
When suddenly I am old, and start to wear purple.


Jenny Joseph 1932

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Quando.....

Quando deixaremos de pensar só em nos mesmos?
Quando deixaremos de julgar o próximo?
Quando ajudaremos pelo simples fato de querer o bem?
quando....

Perguntas difíceis,para nos que vivemos numa sociedade onde o que vale é o dinheiro,onde mais vale julgar do que ajudar e que quando "ajudamos" sempre esperamos algo em troca. Devemos começar o praticar o amor,só assim será possível acontecer uma mudança em nossa sociedade.

Quando deixaremos de desperdiçar?
Quando deixaremos de pensar que o mal só acontece aos vizinhos?
Quando deixaremos de poluir nosso meio ambiente?

Perguntas....
Precisamos de respostas, precisamos de atitude...
Esqueça essa de que precisamos de exemplos,devemos ser o exemplo.
Enquanto não fizermos nada pra mudar essa situação essas perguntas ficarão sem respostas,então o quando pode ser agora, depende de cada um de nos,sejamos o primeiro aquele do exemplo a ser seguido,um mundo exemplar!!

Marcos A.G.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Corvo


Numa sombria madrugada, enquanto eu meditava, fraco e cansado, sobre um estranho e curioso volume de folclore esquecido; enquanto cochilava, já quase dormindo, de repente ouvi um ruído. O som de alguém levemente batendo, batendo na porta do meu quarto. "Uma visita," disse a mim mesmo, "está batendo na porta do meu quarto - É só isto e nada mais."

Ah, que eu bem disso me lembro, foi no triste mês de dezembro, e que cada distinta brasa ao morrer, lançava sua alma sobre o chão. Eu ansiava pela manhã. Buscava encontrar nos livros, em vão, o fim da minha dor - dor pela ausente Leonor - pela donzela radiante e rara que chamam os anjos de Leonor - cujo nome aqui não se ouvirá nunca mais.


E o sedoso, triste e incerto sussurro de cada cortina púrpura me emocionava - me enchia de um terror fantástico que eu nunca havia antes sentido. E buscando atenuar as batidas do meu coração, eu só repetia: "É apenas uma visita que pede entrada na porta do meu quarto - Uma visita tardia pede entrada na porta do meu quarto; - É só isto, só isto, e nada mais."

Mas depois minha alma ficou mais forte, e não mais hesitando falei: "Senhor", disse, "ou Senhora, vos imploro sincero vosso perdão. Mas o fato é que eu dormia, quando tão gentilmente chegastes batendo; e tão suavemente chegastes batendo, batendo na porta do meu quarto, que eu não estava certo de vos ter ouvido". Depois, abri a porta do quarto. Nada. Só havia noite e nada mais.

Encarei as profundezas daquelas trevas, e permaneci pensando, temendo, duvidando, sonhando sonhos mortal algum ousara antes sonhar. Mas o silêncio era inquebrável, e a paz era imóvel e profunda; e a única palavra dita foi a palavra sussurrada, "Leonor!". Fui eu quem a disse, e um eco murmurou de volta a palavra "Leonor!". Somente isto e nada mais.

De volta, ao quarto me volvendo, toda minh'alma dentro de mim ardendo, outra vez ouvi uma batida um pouco mais forte que a anterior. "Certamente," disse eu, "certamente tem alguma coisa na minha janela! Vamos ver o que está nela, para resolver este mistério. Possa meu coração parar por um instante, para que este mistério eu possa explorar. Deve ser o vento e nada mais!"

O poço e o pendulo

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poesia e o meio ambiente

A poesia tem tudo a ver
Com o meio ambiente
Com o sol abrasador do verão
Ou com o frio do inverno.

A poesia tem tudo a ver
Com os animais selvagens
Que quase não existem mais
Porque estão em extinção.

A poesia tem tudo a ver
Com a sabedoria
E com a alegria de viver
Protegendo a natureza.

A poesia tem tudo a ver
Com a formação da cidadania
E com a sensibilização
Relacionada à preservação.


de Carla Cristiane Mergen
Segredo - RS -

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Mario Lago


"Eu fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra... "



"O tempo não comprou passagem de volta. Tenho lembranças e não saudades."


MARCAS QUE DEIXAMOS NOS OUTROS...

Nós estamos condicionados a
pensar que nossas vidas giram
em torno apenas de grandes momentos.
Todavia, os grandes momentos
frequentemente nos pegam desprevenidos, e
ficam maravilhosamente guardados em recantos
que os outros podem considerar sem importância.
E da mesma forma ocorrem outros momentos...


Mario Lago

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Frases e Pensamentos.....

"O coração do homem honrado quebra a má sorte"
Cervantes
Don Quixote Pt.ii, ch10

"Fortis Fortuna Adjuvat"
"A Fortuna (O Destino) favorece aos bravos"
Terence Phornio
Act i, sc.4

´´Covardes morrem muitas vezes antes de perecerem.
O valente só experimenta a morte uma vez."
Willian Shakespeare
Julius Caesar Act ii, sc2

"Virtudes não são acidentes da natureza.
Virtudes são algo que se constrói"
Toni Morrison (72)
Escritora Americana
1993 C.E. Prêmio Nobel de Literatura

"Não seja tão afoito em pensar no amanhã.
Cada dia deve ser um benefício presenteado pelos Deuses."
Ernst Gunther