segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Soneto de tortura e desencanto


Não sei que angústia me incomoda o peito que não posso estar firme nem parado.Com o pensamento sempre desvairado,falta-me calma até quando me deito.
A noite vago as ruas, odeio o leito,não durmo, não descanso, não me enfado,não fujo, não me mato, e o rosto irado até de rir perdeu a forma e o jeito.
Por isso não te admire, amiga minha,que ternura hoje em dia me careça na voz, que tantas vezes te acarinha.
Mas é que sofro de sentir diverso:e onde repousarei minha cabeça, se a dor humana não couber num verso?
Ângelo Monteiro

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