sexta-feira, 29 de maio de 2009

Poema de Arnaldo Antunes


A palavra precisa lança o som à velocidade da luz
Onde nós e você
Dominamos o espaço
A imagem fala por si
E por mim
Portanto flutuaremos pelo avião
Como um par dançante
Perseguidos pelos olhares estrelados
De uma platéia atenta
É fundamental o texto
A gagueira quase palavra
Quase aborta
A palavra quase silêncio
Quase transborda
O silêncio quase eco
A gagueira agora
O século eco
Hoje só quero Ritmo.
Ritmo no falado e no escrito
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.
Ritmo é o que mais quero pro meu dia dia.



Arnaldo Antunes

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