sábado, 7 de fevereiro de 2009

Desencanto



Eu faço versos como quem chora De desalento. . . de desencanto. . .Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto.Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .Tristeza esparsa... remorso vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota, do coração.E nestes versos de angústia rouca,Assim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca.– Eu faço versos como quem morre.










Manuel Bandeira //// imagem: Carlos Gaspar

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