Tudo que levamos a sério torna-se amargo. Assim os jogos,a poesia, todos os pássaros,mais do que tudo: todo o amor.
De quando em quando faltaremos a algum compromisso na Terra,e atravessaremos os córregos cheios de areia, após as chuvas.
Se alguma súbita alegria retardar o nosso regresso,um inesperado companheiro marcará o nosso cartão.
Tudo que levamos a sério torna-se amargo. Assim as faixas da vitória, a própria vitória,mais do que tudo: o próprio Céu.
De quando em quando faltaremos a algum compromisso na Terra,e lavaremos as pupilas cegas com o verniz das estrelas.
Alberto da Cunha
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